DESAFIOS À EMERGÊNCIA NORMATIVA DAS INTERVENÇÕES HUMANITÁRIAS: OS EFEITOS DA INVASÃO DO IRAQUE NA ADMINISTRAÇÃO BUSH

Cristina Pacheco, Mikelli Ribeiro

Resumo


Este trabalho se propõe a compreender as implicações da invasão ao Iraque sob a norma emergente de intervenção humanitária no pós-Guerra Fria. Investigou-se o porquê de a invasão ter sido considerada por muitos acadêmicos como grande componente desestabilizador no processo de institucionalização dessa norma. Mais precisamente, identificou-se quais aspectos da invasão ao Iraque foram ameaçadores a esse processo. Associou-se fontes primárias: pesquisa documental e discursos do presidente George W. Bush, com interpretações secundárias dos fatos. Apesar de a Guerra do Iraque ser uma questão já bastante debatida na seara acadêmica, as intervenções humanitárias ainda são relativamente pouco discutidas no Brasil, mais escasso ainda é o seu estudo na visão teórica e no método interpretativista da Escola Inglesa, diferencial trazido por este trabalho. Tem-se como resultado a identificação de dois fatores desestabilizadores: 1) uma política unilateralista associado ao 2) o uso de uma retórica humanitária inconsistente com a ideia emergente de intervenção para a proteção dos direitos humanos.


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