O governo dos adolescentes assistidos: a liberdade tutelada oferecida nas medidas socioeducativas em meio aberto

Sara Regina Munhoz

Resumo


Este artigo se propõe a apresentar uma reflexão sobre a indissociabilidade entre a punição e a transformação no caso dos adolescentes submetidos à medida socioeducativa de liberdade assistida a partir de uma etnografia realizada na Obra Social Dom Bosco, em Itaquera, São Paulo. Apreendidos pelo sistema policial e julgados por um tribunal específico, os adolescentes e suas famílias passam por várias intervenções e encaminhamentos para que depois de um tempo específico, sejam considerados aptos para uma reinserção social, capacitados para uma existência pautada pelos meios lícitos de ganharem a vida, e, finalmente, inseridos em uma série de outras instituições e serviços que potencialmente garantam esses objetivos através, principalmente, da visibilidade e do controle que permitem. É na circulação, é fora dos muros das prisões e das instituições disciplinares, é na liberdade vigiada e encaminhada que se dá a gestão desses meninos nos dias de hoje.


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